20 de dez. de 2007

eu queria ao menos saber porque.

queria ao menos que você soubesse que me mata.
milímetro por milímetro.
não como você planejou matar. é a sua fraqueza que me mata.

nada altera o que eu sinto, nem consigo ter raiva.
só tenho raiva de mim, por ter acreditado.

eu acreditei em uma mentira ou em uma verdade?
sabe que ainda acho que em uma verdade, embora agora tudo pareça falso...

eu queria a mesma coragem que tive de você. queria que dissesse tudo, na minha cara.
sei que ainda falta. não consigo acreditar sem motivo. e ainda acho que o motivo é a fraqueza.

se for isso é mais triste do que parece... uma pena!

5 de dez. de 2007

do mundo que eu queria pra mim (ou: alguma coisa está fora da ordem)

eu queria um mundo em que não existisse uma opinião única a respeito de nada. um mundo em que não houvesse totalidade - lê-se totalitários. queria um mundo em que jamais tentassem me vender vestidos com 4x o valor do salário de um pai de família. muito menos que existissem vestidos com 20, 30x o valor do salário de um pai de família. queria também que nesse mundo nenhuma mãe visse seu filho com fome, nenhuma criança crescesse sem estórias pra dormir, nenhuma mãe sem vocação tivesse filhos.
queria um mundo em não fosse preciso viver se privando de alguma coisa pra se encaixar em padrões. queria que amor fosse suficiente para mudar o mundo. queria um mundo onde ninguém tivesse medo de amar.
queria um mundo que realmente tratasse a todos do mesmo modo. um mundo em que as mulheres fossem respeitadas como deveriam.
queria não ter saudades, queria ser menos ansiosa, queria não precisar tanto de dinheiro.
queria que ninguém chegasse à velhice sem o direito da casa própria. queria não ter que ver crianças trabalhando em sinais de trânsito. queria que meu país tivesse governantes decentes.
queria não ter que chorar vendo recém-nascidos jogados em latas de lixo.
queria saber hoje onde vou morar daqui há pouco tempo. queria saber o que vai ser da minha vida pra sempre. queria um mundo em que os sentimentos de uns não se ferissem para o contentamento de outros.

16 de nov. de 2007

do gosto de escrever para ninguém

há um gosto esquisito, mas delicioso, em escrever coisas que ninguém lê - ainda que públicas.
não que eu as escreva para os outros, não que eu pretenda difundir as difusões dos meus pensamentos conflituosos e divertidos.

é como provar coisa errada pela primeira vez.

é um dos gostos desses gostosos de desafio, de auto-exposição, de botar o próprio bloco na rua com o "foda-se" no automático. gosto de mandar mauricinho roda-dura metido a gostoso no trânsito pra "puta que o pariu", mesmo que isso custe um medo enorme. gosto de primeiro beijo que você espera que seja eterno, mas morre de medo que não encaixe.

é quase um vouyerismo às avessas. é gosto do risco de por na tela de quem-quer-que-seja o que você pensa da vida, o que sente, o que gostaria de sentir... gostaria que me sobrasse inspiração para escrever pra ninguém, sempre.

11 de nov. de 2007

SAI DE MIIIIIIM, URUCA!

17 de out. de 2007

E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bike
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz........
De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.

Luiz Fernando Veríssimo (dizem que é Veríssimo, se não for, mil perdões)

1 de out. de 2007

Shut your eyes (Shout out Louds)

Say yes
Don’t say no
‘Cause I’m ready now
And I want to go
But if I cry cry cry,
I won’t
So I die die die,
I won’t
I want to know
Please say it isn’t so

It’s now
And we’re too late
There’s no time for a debate
But if you swear you’ll never leave
I promise you I will be
The one who stays there all along

So shut shut shut your eyes
It sounds so good right now
And it came as a big surprise

Stay true
And don’t give up
We’re only started now so please stay up
But if I’ll shout shout shout my name
You will always remember my name
I want to know
Please say it is so

So shut shut shut your eyes
It sounds so good right now
And it came as a big surprise


(SIM, É A MUSICA DO COMERCIAL DO FIAT PUNTO QUE VC NÃO PARA DE CANTAROLAR PELA CASA E TÁ LOUCO PRA SABER O RESTO)

28 de set. de 2007

A DIFERENÇA ENTRE PAI E MÃE

uma menina pequena passeava com sua mãe quando levou a mão à algo que estava no chão e pôs na boca. a mãe a alertou que não deveria fazer isto, pois tudo o que está no chão fica cheio de micróbrios e faz mal. a menina admirada perguntou porque a mãe sabia de tudo. a mãe respondeu que é preciso passar num teste para ser mãe, que depois que ela aprendesse todas essas coisas também poderia ser mãe se passasse no teste.
intrigada com a resposta, a menina continuou andando mas pensativa. de repente uma luz se acendeu: ahhhh mamãe, eu entendi. então se não passar no teste vira pai?
[autor desconhecido]

hahahahahaha! adorei...

27 de set. de 2007

eu queria alento - ninguém me deu.

nem quem não tinha direito de me recusar alento.
nem quem eu mais queria que me desse.
nem quem perguntou se eu estava bem e eu não tava.

eu queria alento - ninguém tentou.

12 de set. de 2007

entalada de pizza sabor senado

e mais uma vez nosso país é coberto de molho de tomate e mussarela.

acho que se eu morasse em brasília ou se não tivesse com a barriga costurada ia querer quebrar aquele congresso essa noite. isso é vandalismo, não. não sou como eles.

dá desgosto viver num lugar em que uma mãe é presa por roubar uma manteiga pra alimentar o filho porque não chega até ela assistência do governo e um bando de ladrões fica lá, deliberando sobre o nosso futuro e se auto-protegendo como se fossem celebridades na mira dos paparazzi. jornalista político não é paparazzi... sessão de cassação de presidente do senado devia ter as portas do congresso abertas não só pros jornalistas como pra qualquer cidadão comum que quisesse se expressar.
e o canalha ainda declara que o dia de hoje foi uma "vitoria da democracia"... vontade de enfiar a mão na cara de um sujeito desses... não honra as proprias calças, que abaixa pra qualquer vagabunda, muito menos a própria esposa, detentora do troféu de corna.

cornos tbm somos nós... traídos pelos nossos poucos votos conscientes, reforçados com os votos inconscientes dos outros... de mãos atadas pra tirar de dentro do congresso um ladrão, apoiado por outros 40...

aprendi ainda pequena aquela letra que dizia que "luiz inácio avisou..."
luiz inácio se absteve, está na europa divulgando o etanol... que amanhã não será capa de nenhum jornal europeu... mas o vexame que toma conta do nosso congresso federal com certeza amanhã será motivo de chacota do presidente semi-analfabeto que com tantos anos de governo ainda se orgulha de não falar a lingua dos gringos... junto com ele, nosso país vai pro ralo, nosso governo acaba em pizza...

... e os "40 picaretas com anel de doutor" estão brindando a nossa desgraça.

4 de set. de 2007

eu:

cortada e costurada,
picada e repicada,
acesa e apagada.

eu:

apagada e acesa,
viva e morta,
velha e nova.

tudo novo,
tudo claro,
tudo completamente obscuro.

eu:
forte e fraca,
desfeita e refeita,
EU DEPENDENTE.

susto, enfim. passou. fim. ufa!

25 de ago. de 2007

choro

por lucinda e por clarice,
por cecilia e por elis e por cora.

por lili, eliane, elisabeth.
por mim e por nós e por elas.

por henrique, hector, marco elisio; arreios.

por todo o amor que ainda sentirei.

Pode café

Ela pede

Ela cora

Ela quer

Coar café na mira

de minhas elegantes meninas

E correr pela ladeira ume-descida

Calcinha coador pela manhã

Ela cede

Ela chora

Ela até

canta um sangrado tango

e me diz: Não me zango

em abrir geladeiras

Quando o que faz é o que quer

Ela mede

Ela mora

Se ela der

um grito no espaçoda cozinha

É que ela quer ser minha

e fugir

Se cair em desmaio

na sala

quer voltar pra senzala

E dançando um xote

apanhar com meu chicote

Mil lambidas

Mil lambadas

Ela em pele

Ela agora

Ela aqui

Me engole o ferrão do corpo

E sai zombando de mim

[Elisa Lucinda]

24 de ago. de 2007

Serenata

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo

16 de ago. de 2007

Poema do Amor Perfeito

Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.

Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.

Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...

Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

-Cecília Meireles-

9 de ago. de 2007

com acúcar e afeto,
faço doce predileto,
faço rima cristalina,
até falo dialeto.

faço rima,
crio clima,
peço cama,
vou por cima.

faço planos,
guardo fundos,
choro rios.

tenho baldes de esperança acumulados no jardim dos sonhos.

será que é assim que a gente aprende o que ninguém pode ensinar?

29 de jul. de 2007



Dos peitos e da serenidade da Vênus de Milos.

Já disse um dia que os queria. E ainda quero. Embora nada tenha mudado muito radicalmente ainda, sinto-me cada dia mais serena com uma certeza do que ainda não mudou.

Aí estou, a própria. De braços cortados pra mudar o presente, mas com a felicidade do futuro que está por vir estampada no rosto e a segurança do peito aberto pra lutar por esse futuro.

23 de jul. de 2007

da dor de crescer - só.

a cada dia as minhas certezas só aumentam.

por um lado, descubro que o mundo precisa saber o que eu quero, senão nada se concretiza. na verdade quem precisa saber sou eu, bater pé, por firmeza nos meus próprios desejos.

por outro, vem junto a certeza de que crescer é um processo completamente solitário. as nossas escolhas vão se conformando e tomando força e dominando a nossa vida sem que ninguém saiba direito do que passa dentro da gente. ninguém se preocupa realmente, embora muitos perguntem, especulem, dos assuntos mais cotidianos.

a dor de crescer só está me fazendo bem. sem palpites o prumo está ali, no alcance dos meus olhos. mas falta colo, falta abrigo, faltam as opiniões com que estou acostumada.

9 de jul. de 2007

sim, você entendeu...

e a menina-moça-mulher entendeu que a vida não é filme embora seu mundo ainda assim tenha momentos amelié.

e descobriu que a resposta era aquela mesma, mas que a certeza é coisa concreta demais, que só o tempo traz e que ela vai lá longe buscar.

mas que mesmo sem certeza, com conversa a resposta é resposta. até porque essa resposta é de dois, embora o um já admita mais certeza que o outro.

e entendeu que a vida é assim mesmo e que só o tempo põe as coisas no eixo, embora ela quisesse adiantar a vida em 6 meses, entenda-se, um semestre. semestre que vai doer, tempo que vai brotar, sentimento que já está e há de se fortificar.

a vida é assim mesmo e a graça é essa. a menina que aprendeu a amar aprendeu junto a entender, a esperar, a acreditar. e a duvidar na necessidade da certeza.

30 de jun. de 2007

conto-de-fadas ao avesso!

Depois de tanto se precaver,
de tanto insistir,
de tanto repetir que não entrava mais em roubadas...

Depois de tanto se declarar desiludida convicta...
Depois de tanto pensar, pensar, pensar, e perder oportunidades de puro medo de tentar...









... a menina (tola) resolve acreditar.






E planeja, e sonha, e economiza, e reserva, e se envolve.






E concretiza.




E volta, e chora, e sente falta.





Estava quase formado o conto-de-fadas que faria a menina acreditar que perdeu seus dias pensando demais e não se permitindo. Só faltava o tempo, e a resposta, e a certeza do lado de lá...


... que não veio.


FIM.

12 de mai. de 2007

saudades de escrever aqui.
não sei se é a vida que não me deixa tempo ou não me deixa tema.
o fato é que estou ficando prática.

e reclamar não cabe mais,
poesiar não anda dando tempo,
e escrever qualquer coisa não me apetece.

estou escrevendo na vida... com poesia.
apagando da lista os lamentos, incrementando os incrementos.

quero mais é pintar e bordar! rsrsrs

21 de abr. de 2007

quero os peitos e a serenidade da Vênus de Milos.
quero os peitos e a serenidade da Vênus de Milos.

4 de abr. de 2007

do dia em que eu vi a lua

até me acostumar com uma vida sem serra, quintal e calçada, vizinho e troca de receita, via nos letreiros luminosos da nova vida a saudade que tinha da lua cheia na minha janela. a nova janela me mostra outras cem janelas, e provavelmente delas estão outros 100, 96, 34, não sei... outros tantos... todos sentindo falta de luar.

mas surpresas nos cercam pra não fazer a vida parar. e lá estava ela outro dia, linda...
ofuscando os faróis, os sinais, as buzinas, a sujeira do vidro do ônibus...

lá estava ela pra me lembrar que ser feliz é ser assim: imponente, bonita, simples e ofuscante...
oscilante porque é necessário... mas sempre de uma beleza imcomparável.

23 de mar. de 2007

da necessidade de ser...

como é bom ter coragem, ter segurança, ter força...

a vida desliza e o eterno sofrimento desnecessário some....

17 de mar. de 2007

das formas de amor

tenho de todas um pouco em mim. a que mais falta é só uma em mil, mas é a que dói mais latente.

"quem de dentro de si não sai vai morrer sem amar ninguém
capoeira que é bom não cai, e se um dia ele cai, cai bem..."

12 de mar. de 2007

pra completar caio fernando...

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

(Cecília Meireles)

11 de mar. de 2007

"o amor também é uma espécie de morte ( a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável). O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade"

caio fernando abreu

10 de mar. de 2007

da necessidade do grande dia

como a menor das flores me sinto: tentando criar forças para me colorir, tentando ajudar a vida a ser primavera, tentando achar caminho entre as maiores para receber um pouco do calor do sol.
como a mais nova estrela: ofuscada pela luz da geração anterior, e ao mesmo tempo me esforçando para apurar na experiência delas oportunidades de melhora para as minhas experiências próprias.
como o menor frasco: precioso e raro.
e cheio de m a r a v i l h a s.
capaz de guardar o melhor segredo e aquele cheiro de vida nova, tão doce e tão especial.
das pequenas coisas vêm as mudanças. das pequenas lutas, vêm as vitórias.
dos grandes fracassos tiro forças para o grande dia:
o dia em que encararei o mundo de ombros altos e peito aberto,
de coração pronto pra amar, de alma lavada;
o dia em que a minha crença em mim mesma será maior que a crença dos outros.

8 de mar. de 2007

da necessidade de regugitar

estou numa fase de expulsão, é fato: jamais expulsei ou expulsarei pessoas; mas sentimentos, angústias, mal-amados e arrogantes, coisas mal-resolvidas, mal-quistas, estão todas sendo constantemente vomitadas. só sobrará em mim o bem, o amor, os bons e verdadeiros amigos. sobrarão flores, e coragem, e canções. enredos, e sonhos, e sucessos. faltarão e serão sempre vomitados os temores, as inseguranças, todos os sapos antes engolidos.
sapos e sapas, saiam mesmo da minha vida. eu serei feliz. se vocês não podem ser e querem se entalar em minha garganta e fechar portas na minha cara, não os quero mais na minha vida, na minha casa, no meu mundo.

27 de fev. de 2007

"Como as abelhas estão preguiçosas sôbre as flôres e os raios do sol indolentes sôbre o chão! Grassa uma ociosidade medonha. A ociosidade é o início de todos os males. O que as pessoas fazem por causa do tédio! Estudam pelo tédio rezam pelo tédio, apaixonam-se, casam-se, multiplicam-se pelo tédio e finalmente morrem de tédio e—aí está a graça— tudo isso com os rostos mais compenetrados, sem saber porquê e pensando que Deus sabe. Todos êsses heróis, êsses gênios, êsses tolos, êsses santos, êsses pecadores, êsses pais de família, no fundo nada mais são do que refinados ociosos."
[Leonce e Lena - Georg Büchner]

24 de fev. de 2007

de quando a "carapuça serve"...

"nos filmes sempre existe uma moçinha e a melhor amiga. você tem um potencial incrível para ser a protagonista, mas inexplicavelmente não deixa de se comportar como a melhor amiga."



SOCO NO ESTÔMAGO!

22 de fev. de 2007

A Bru e o Vagalume

Madrugada a fora, filme velho na tv, cansada do pc, vejo a luz mais querida que conheço: a mágica e doce luz do vagalume. Tudo lindo... abri a janela pro bichinho se sentir a vontade, deixei ele lá piscando, e continuei no filme velho. Não sei se foi o filme, ou fui eu, ou só foi mesmo a luz da TV, mas o bichinho se apaixonou.

E eu descobri que vagalumes fazer barulho.

E seria aquele o começo de uma semi-insônia: o bicho não saía, não parava de voar pelo quarto, não parava de me rodear. E a visita antes considerada um presente foi se tornando uma tormenta. E não adiantou vassoura atrás da porta, compromisso inadiável ou qualquer coisa do gênero: visita quando resolve ficar, não tem macumba que tire.

E foi assim o resto do quase conto-de-fadas... Eu tentando "pô-lo ele" pra fora e ele tentando me tirar o sono... Será que tinha um segredo pra mim??? Matei o segredo com restos de luz que em segundos se apagaram. Não sei se sofria ou me aliviava...

21 de fev. de 2007

O menor conto de fadas do mundo

Era uma vez um rapaz que pediu a uma linda garota:

- Você quer se casar comigo?

Ela respondeu:
- NÃO!

E o rapaz viveu feliz para sempre, foi pescar, jogou futebol, conheceu muitas outras garotas, visitou muitos lugares, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava grana, bebia cerveja com os amigos sempre que estava com vontade e ninguém mandava nele.

A moça teve celulite, varizes , os peitos caíram e ficou sozinha para sempre.

FIM.


Triste, machista, mas divertido.. achei isso por aí na internet, não resisti.
As vezes faz sentido arriscar, ne? Serve pra pensar...

12 de fev. de 2007

da necessidade da certeza

conviver com incertezas é uma dificuldade muito grande pra mim.
eu sempre quero tudo certo, combinado, resolvido, lavrado em cartório.
dúvida, incerteza, indecisão: todas me paralizam.
eu não me dou bem mesmo com nada mal resolvido.
e mesmo assim sou a pessoa mais indecisa desse mundo!

to beeeem, viu...

10 de fev. de 2007

da necessidade da TPM

pelos menos tem um lado bom, já que é só ela que me faz:

- me permitir ficar descabelada
- chorar sem motivo
- me achar a pior pessoa do mundo
- escrever post inuteis
- não fazer completamente nada o dia todo
- ver filme bobo
- ficar em casa sábado a noite sem sofrimento
- assumir algumas das minhas taras


PODEROSA A BICHINHA, NÃO?

9 de fev. de 2007

aham, eu sou babona.


dois dos grandes amores da minha vida!

8 de fev. de 2007

Eu não quero aquele, eu não quero aquilo.
Peixe na boca do crocodilo.
Braço da vênus de milo acenando tchau.

Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo.
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo.
Tua língua em meu mamilo, água e sal.

2 de fev. de 2007



A Fafá me escuta e me entende.

A Fafá me briga e me ama.

A Fafá me faz ter coragem e é medrosa.

A Fafá me desprotege e me faz crescer.

A Fafá me convence de qualquer programa de índio pra gente ter um tempinho juntas.

A Fafá sempre jura que é a última cervejinha, e é uma das culpadas da minha butequisse assumida.

A Fafá reclama que eu reclamo demais e tem toda razão.

SAUDADE DA MINHA NEGA!

A FAFÁ É UMA DAS MINHAS ALMAS-GÊMEAS...

31 de jan. de 2007

Não quero mais palpites, nem pitacos, nem ouvidos atrás da porta.
Não quero mais ordens, nem vigilâncias, nem gente que me diga o que fazer.

Deixa, eu faço.
E agora farei sim, do meu jeito.



I dont post to make your life funnier.

29 de jan. de 2007

eu preciso de alguém

não me trate com desdém, eu sou cheio de nhém-nhém-nhém...

POEMA DA NECESSIDADE

É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.

Carlos Drummond de Andrade

24 de jan. de 2007

da necessidade da auto-definição

eu sou um ser que não sabe o que é.

22 de jan. de 2007

da necessidade de pensar no futuro

eu queria não ter que pensar. rsrsrs


EU PENSO DEMAAAIS!

21 de jan. de 2007

da necessidade de agradecer amizades sinceras.







aqui estão alguns dos especiais. os outros jamais devem se sentir excluidos.
foi só uma seleção e uma forma de agradecer.
EU AMO TODOS VOCES!













18 de jan. de 2007

amigo é amigo, filho da puta é filho da puta.

estou definitivamente cansada desse povo de teatro.
a1: nessa última volta deu caimbra...
a2: tbm to cansada...
p: chega em casa e come uma banana!
a1: to entrando mesmo na banana, todo dia...
p: falar em entrando na banana, voces tão namorando????


rsrsrsrsrsrsrsrsrs
quase tenho um ataque de tanto rir!

15 de jan. de 2007

eu não sou cristão
eu não sou ateu
não sou japa não sou ticano não sou europeu
eu não sou negão eu não sou judeu
não sou do samba nem sou do rock
minha tribo sou eu

eu não sou playboy eu não sou plebeu
não sou hip hight skin head nazi farizeu
a terra se move falou Galileu
não sou maluco nem sou careta
minha tribo sou eu

ai ai ai ai ai
ié ié ié ié ié
pobre de quem não é cacique
nem nunca vai ser pajé

12 de jan. de 2007

i have no dream

i dont feel im smart,
i dont feel im safe,
i dont feel im cute,
i dont feel im secure.

i dont feel im beautiful, or sexy, or lovable.

i dont feel im happy,
i dont feel im realized,
i dont feel im sure.

the only thing i do feel: lost.

8 de jan. de 2007

— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímida.

(Rita Apoena)

6 de jan. de 2007

2 de jan. de 2007

Três Coisas (Fernando Sabino)

De tudo ficam três coisas:
a certeza de que estamos sempre a começar,
a certeza de que é preciso continuar,
a certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar.

Portanto, devemos:
fazer da interrupção um caminho novo,
da queda, um passo de dança,
do medo, uma escalada,
do sonho, uma ponte,
da procura, um encontro.

ano novo, estômago novo.

essa noite pus pra fora todo o 2006 que habitava em mim. simbólica e praticamente. aff...

1 de jan. de 2007

Da necessidade de dados e convenções (ou: primeiro dia do velho esquema novo)

Eita... ano novo!

Finalmente, eu diria. Esse ano que foi, só foi porque a barriga empurrou.

Será que a vida nova chega com o primeiro de janeiro? aff... conjecturas sobre as convenções dos humanos carentes de dados...

Eu sou uma humaninha que não gosta dos dados. Gosto mais das pessoas e das coisas gostosas e de cantar e de rir e de jogar sinuca no primeiro dia do ano. De algumas pessoas, isso é fato. Jamais de todas. Não sou boa assim...

O que será que muda??? Será que o tal Júpiter dá conta de mim???