25 de ago. de 2007

Pode café

Ela pede

Ela cora

Ela quer

Coar café na mira

de minhas elegantes meninas

E correr pela ladeira ume-descida

Calcinha coador pela manhã

Ela cede

Ela chora

Ela até

canta um sangrado tango

e me diz: Não me zango

em abrir geladeiras

Quando o que faz é o que quer

Ela mede

Ela mora

Se ela der

um grito no espaçoda cozinha

É que ela quer ser minha

e fugir

Se cair em desmaio

na sala

quer voltar pra senzala

E dançando um xote

apanhar com meu chicote

Mil lambidas

Mil lambadas

Ela em pele

Ela agora

Ela aqui

Me engole o ferrão do corpo

E sai zombando de mim

[Elisa Lucinda]

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