29 de fev. de 2008

da forçosa necessidade de aprender...

estou aprendendo a ser só. completamente.

sem aquela falsa esperança de que algum dia as pessoas se dediquem a mim como eu me dedico (ou dediquei) a elas.

estou entendendo que eu devo ser mesmo uma excessão nesse mundo e o que o mais comum é não se preocupar. os outros são os outros, e eles que se fodam. assim parece pensar "o mundo".

e eu me fodo... o máximo que escuto, como consolo para não terem que me escutar, é que eu "sou forte". forte o c-a-r-á-l-e-o!

eu sou fraca, sentimental, completamente chorona... eu fico triste. muito. as vezes por muito tempo.

eu estou cansada de me decepcionar.

eu estou cansada de me calar.

eu estou cansada de gente que acha que sabe de mim e não sabe. que acha que "o mundo" é muy amigo e que se importa com as pessoas erradas.

por outro lado, estou aprendendo. aprendendo a ser só, aprendendo que é melhor sofrer mesmo calada. aprendendo que não vale muito a pena se esforçar muito por gente que, lá no fundo, só quer saber de você quando precisa de você. quando não precisa, fica com "o mundo" muy amigo e yo fico em casa, sozinha, sábados a noite a fio...

estou aprendendo que muita gente quer mesmo é conseguir o que você conseguiu, de preferência melhor. aprendendo que o mundo gira é pra se ganhar. é este o verbo da vez.

estou aprendendo que mãe tem um valor 500 vezes maior do que os mais entusiasmados poderiam calcular. e que amor de mãe é maior que qualquer outra coisa nesse mundo. e que mesmo com tudo isso as vezes a gente pensa em fugir...

por outro lado, voltando aos "amigos", também aprendo, forçosamente, que amor continua ali mesmo com meses de distância sem sequer um telefonema. e que talvez eu seja carente, de alguma forma...

estou aprendendo que preciso ser mais feliz. preciso precisar de mais coisas para ser feliz. senão qualquer dia me enfio num casulo e de lá não ouvirei os telefonemas...

estou aprendendo pela milésima vez que tenho bastante dificuldade de falar de sentimento. que queria ser clara. que queria querer com todas as letras e não ficar só sugerindo... confundindo... ou as vezes até fingindo e tentando não sentir.

estou aprendendo, que nesse mundo, talvez seja mais sadio não se envolver com tanta profundidade. em nada. ou pelo menos diminuir bastante o cartel dos grandes envolvimentos.... reduzir os amigos aos dedos de uma mão... pode ser uma boa meta. os grandes amores da minha vida que ficarão pra posteridade na outra mão... (talvez deva começar a economizá-los).


... ou ainda talvez, deva começar a ter um grande amor da minha vida por mês... não, essa não sou eu.

amo muito, muitas pessoas. mas aprendi que decepções me cansam.

quero poucos amigos, poucos cds... casa, tranquilidade... um dinheiro confortável... uma boa companhia.. uma praia na janela. quero um restaurante, só meu. pra cozinhar diariamente com amor para todas as pessoas que levarem meu coração à boca.

17 de fev. de 2008

da necessidade de acreditar

eu ainda quero crer que o mundo é esse com o qual sonho.
ainda quero crer que esse mundo existe. que existem pessoas como eu.
ainda quero crer quando se fala em sinceridade. ainda quero crer na palavra das pessoas. ainda quero crer na palavra amor, sem precisar ser piegas. ainda quero crer que existem pessoas que dizem o que sentem e que fazem o que prometem. ainda quero crer na verdade. na sinceridade. na calma, na paz, na felicidade.


ainda quero crer que não preciso ter raiva.

14 de fev. de 2008

da necessidade de dizer que é bom ser ouvida.

algumas coisas acontecem sem que você peça. aparecem, do nada, de onde você menos poderia esperar. de onde você sequer cogitasse imaginar. e chegam com um sorriso. leves como uma boa canção. leves como uma voz suave em um sambinha maneiro.

aparecem na vida, nas horas mais exatas, pessoas que te levam a ver coisas que estavam na sua cara. coisas que você precisava enxergar em si pelos olhos dos outros.

você precisava daquele brilho nos olhos do outro pra se ver, refletida. se enxergar sem a nuvem da ignorância alheia.