29 de jul. de 2007



Dos peitos e da serenidade da Vênus de Milos.

Já disse um dia que os queria. E ainda quero. Embora nada tenha mudado muito radicalmente ainda, sinto-me cada dia mais serena com uma certeza do que ainda não mudou.

Aí estou, a própria. De braços cortados pra mudar o presente, mas com a felicidade do futuro que está por vir estampada no rosto e a segurança do peito aberto pra lutar por esse futuro.

23 de jul. de 2007

da dor de crescer - só.

a cada dia as minhas certezas só aumentam.

por um lado, descubro que o mundo precisa saber o que eu quero, senão nada se concretiza. na verdade quem precisa saber sou eu, bater pé, por firmeza nos meus próprios desejos.

por outro, vem junto a certeza de que crescer é um processo completamente solitário. as nossas escolhas vão se conformando e tomando força e dominando a nossa vida sem que ninguém saiba direito do que passa dentro da gente. ninguém se preocupa realmente, embora muitos perguntem, especulem, dos assuntos mais cotidianos.

a dor de crescer só está me fazendo bem. sem palpites o prumo está ali, no alcance dos meus olhos. mas falta colo, falta abrigo, faltam as opiniões com que estou acostumada.

9 de jul. de 2007

sim, você entendeu...

e a menina-moça-mulher entendeu que a vida não é filme embora seu mundo ainda assim tenha momentos amelié.

e descobriu que a resposta era aquela mesma, mas que a certeza é coisa concreta demais, que só o tempo traz e que ela vai lá longe buscar.

mas que mesmo sem certeza, com conversa a resposta é resposta. até porque essa resposta é de dois, embora o um já admita mais certeza que o outro.

e entendeu que a vida é assim mesmo e que só o tempo põe as coisas no eixo, embora ela quisesse adiantar a vida em 6 meses, entenda-se, um semestre. semestre que vai doer, tempo que vai brotar, sentimento que já está e há de se fortificar.

a vida é assim mesmo e a graça é essa. a menina que aprendeu a amar aprendeu junto a entender, a esperar, a acreditar. e a duvidar na necessidade da certeza.