perdi uma parte de mim.

qual, ao certo, não sei.

só sei que ando cada dia menos.

a coragem é um pedaço dessa parte, mas acho que essa eu nunca tive...

da necessidade de prestar contas

sim, o mundo é assim. as nossas necessidades são, lá no fundo, também necessidade de ter história pra contar. história que vai ser cruel e inofensivamente cobrada por alguém que nem imagina a maldade que faz e tem histórias muito melhores pra contar.

é, vivemos pra prestar contas. fazemos as coisas já pensando se vão dá um enredo interessante pros "causos" a ser contados pros netinhos.

coitados dos netinhos, já nascem com a incumbência de ouvir a parte maravilhosa da vida dos avós. esses mesmos, transfigurados de filhos, também já nascem com a obrigação de ouvir, entender e imitar as dificuldades do pai "quando (eu) tinha a sua idade".

depois essa história toda vira, junto com todo o resto, um monte de ossos embaixo da terra. a não ser que vc, por vaidade, começe desde hoje a guardar e catalogar a sua própria história pra prosperidade. (esses dias soube de uma senhora espevitada e orgulhosa que o faz há anos).

da necessidade da (a)normalidade

sim, eu sou um ser estranho.
as vezes me acho que uma capacidade de identificação tão filha da puta que passa da conta. é, passa da conta. atrapalha. tem coisa que demais sobra. se for tudo igual, o legal vai ser o diferente, e eu, vou ser a igual.

em outras horas, tudo o que eu quero é me sentir igual e não consigo. tudo que eu quero é me permitir o erro, o feio, me permitir diminuir o orgulho. pra ser igual. fazer bobagens, falar bobagens... ERRAR! será que algum dia eu vou errar feliz?

aí, eu ainda sou capaz de ter um cabelo torto e pintado, vestir umas coisas mais coloridas do que a maioria ousaria, ter um blog que ninguem (quase) lê. ainda sou capaz de emendar feriados em semanas tenebrosas e viver de unhas vermelhas. ainda sou capaz de perder o sono. pra quê tudo isso????

aaaaiiii... quintana!!!!

Música

O que mais me comove em música
São essas notas soltas
- pobres notas únicas -
Que do teclado arranca o afinador pianos.

eu e a capital...

eu e essa roça grande aqui temos uma relação estranha. ela vive muito bem sem mim, mas eu nao vivo sem ela. massss, tambem, por outro lado... eu não dou conta de viver só aqui, eu realmente prefiro não estar aqui nos fins de semana.
acho que é mais falta da minha familia que qualquer coisa. por outro lado, adoro o direito de dormir longe do barulho e perto do chão quando estou longe daqui.
não sei me ligar definitivamente, nem me desligar. aff.. eu sou complexa.
nesse momento isso é só solidão... fim de semana em bh representa solidão.

cumpleãnos...

chegam, finalmente, meus 21.
na verdade, o mais importante hoje, foi rever uns amigos que não via há tempos, ver outros que vejo sempre, e ver o prazer que tenho de juntar os velhos e atuais.
todos importantes.

o maior dos prazeres, sem duvida, é o de saber que não teve um deles aqui que eu não goste, de verdade. adoro todo.

meu muito obrigada aos que lembraram, ligaram, vieram, pensaram, conjecturaram...

num é que as palavras não saem?...

aff... um aperto, um bichinho aqui dentro...
deve ser síndrome de feriado antecipado! rsrs