- Eu teria direito, ou simplesmente agiria por impulso?
Sentira falta, admitira. Apesar de guardar consigo uma mágoa de dor mal-resolvida, não conseguia sentir aquela obrigação dos orgulhosos de se afastar e se enraivecer.
- Se o orgulho não vence a falta, será que o sentir seria maior que a dor?
Se desdobrara em sentimentos confusos, em braços escusos, mas não mais firmara certeza em outro alguém. Quisera sumir, abandonar; quisera não-sentir. Não podia.
- Não podia, ou não queria?
Quisera não querer. Quisera esquecer, apagar, afanar o sentir e afagar o orgulho próprio. Mas nada a fizera enxergar este orgulho vencendo o sentir.
- E o sentir, é possível nomear?
Quisera entender, compreender, quisera esclarecer, nomear, renomear, soletrar, se fosse possível. Tinha sempre uma venda nos olhos dividindo o sentir em partes impossíveis de se juntar e classificar.
- Qual o problema da dúvida?
Tentara entender como conviver com a dúvida. Não conseguia. Tentara perdoar, tentara esquecer, tentara não sentir. Nada resolvia. A dúvida a impedia de agir.
A cabeça não deixara falar o coração.
Buscava, então, nos braços daquele afago de outrora, entender a 'querência' do seu sentir.
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